Muitas pessoas têm dificuldade em compreender como indivíduos inteligentes e com recursos intelectuais não conseguem se reestruturar diante de problemas financeiros.
Além das questões sociais específicas que cada um vivencia, que podem favorecer ou não um trabalho digno e condições de alimentação, um ponto que é bastante negligenciado na discussão a respeito da insegurança financeira e alimentar são os seus efeitos nas emoções das pessoas.
Os seres humanos possuem emoções e sentimentos, mas muitas vezes isso é negligenciado, levando a uma crença equivocada de que a solução para tudo está na segurança financeira e alimentar.
A relação entre recursos financeiros, saúde emocional e bem-estar
Com o advento da pandemia da COVID-19, ficou evidenciado que os recursos emocionais de uma pessoa não estão ligados ao seu poder aquisitivo. Pessoas com diversos recursos entraram em um turbilhão de emoções negativas.
Existe influência das condições financeiras e alimentares na saúde emocional das pessoas, porém é preciso entender o contexto dessa influência para compreender sua dinâmica e evitar a falsa ideia de que ter recursos financeiros garante uma boa saúde emocional.
Quando se associa estabilidade financeira e alimentar como a solução para todos os problemas, considera-se apenas seu aspecto físico imediato e coloca-se o ser humano no mesmo patamar dos animais, ignorando sua psicologia e simbolismo. A insegurança nesses aspectos não é apenas uma questão física, mas impacta a noção de ser humano e seu futuro.