Revisaremos o assunto da ansiedade sob diversas óticas, por ser um tema bastante amplo. Sempre poderemos abordar alguma dimensão diferente do seu funcionamento e como ela afeta a vida das pessoas.
 
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Neste texto, iremos explorar o instinto de sobrevivência humano e como ele se correlaciona com a visão de que “somos ansiosos”.

 

 

Não existe “Sou ansioso” 

O primeiro ponto é que ninguém é ansioso. As pessoas têm momentos de ansiedade, mas isso não as define como ansiosas. É possível que alguém seja uma pessoa que não sabe lidar com esses momentos de ansiedade, mas dizer isso e dizer que é ansioso são coisas completamente diferentes. Ninguém está em estado de ansiedade 24 horas por dia para ser definido como ansioso. Considerando isso, o que ocorre muitas vezes é que nos preocupamos durante o dia com diversas questões que envolvem nossa existência, e isso nos dá a impressão de que passamos o dia inteiro em uma constante ansiedade.
Qual a razão disso acontecer? Isso se dá principalmente pelo nosso instinto de sobrevivência. Coisas boas não nos fazem mal, isso é algo óbvio, mas não percebemos que é justamente nesta obviedade que mora o problema que gera tanta ansiedade nas pessoas.
 
O instinto de sobrevivência tende a ficar procurando “problemas” para ficar atento. Isso faz com que nossa atenção fique alerta para ideias, sugestões ou pensamentos negativos que aparecem para nós ao longo do dia. Independente de como esteja a nossa vida, sempre existirá um certo grau de incerteza sobre o amanhã, e nessa incerteza ficamos então maquinando ideias desastrosas para que possamos nos precaver.

 

 

 

A utilidade do Instinto de sobrevivência, somado ao ambiente errado, causa sérios problemas

Naturalmente, o instinto de sobrevivência é útil diante de situações reais ou pelo menos potencialmente reais. Entretanto, com o fluxo de informações que a maioria das pessoas consome diariamente, isto cria um ambiente extremamente favorável para que ideias que talvez nunca fossem brotar em sua mente, surjam justamente por causa desse fluxo de informações.
 
É possível fazer um paralelo com pessoas que sofrem de hipocondria, condição em que a pessoa acredita fielmente que tem uma determinada doença. Quando alguém nessas condições ouve que alguém morreu do coração “do nada”, automaticamente ela começa a acreditar que isso pode ocorrer com ela. O mesmo ocorre com muitas pessoas, que por verem uma determinada situação nas redes sociais, mesmo que seja uma situação completamente diferente da realidade delas, automaticamente começam a questionar se aquilo não pode ocorrer com elas também.
 
Lembre-se de que o instinto de sobrevivência é um “radar” para captar problemas, e uma das coisas que mais ocorrem nas redes sociais e na maioria dos sistemas de comunicação é transmitir problemas. Isso gera um desequilíbrio na percepção da realidade de muitas pessoas, que ficam presas em um constante frenesi de pensamentos desastrosos.
 
A soma do alto fluxo de informações com o nosso instinto de sobrevivência gera esse senso de alerta que muitas pessoas sofrem. Ter ansiedade é algo completamente natural do ser humano. Entretanto, quando isso se torna uma rotina dentro da dinâmica mental do indivíduo, certamente causará diversos problemas emocionais. Provavelmente, você começará a achar que tudo ao seu redor é um potencial perigo.
 
No próximo texto, abordaremos como podemos melhorar essa dinâmica de forma simples, direta e prática!

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