Em suas pesquisas, você encontrará diversas propostas de textos informativos sobre a depressão. Nesse artigo, você encontra a informação mais sucinta e direta, sem grandes pretensões. Queremos informar o mínimo necessário para compreender este fenômeno que é bastante complexo.
 
Existem diversos tipos de depressão
Há variados tipos de depressão, e suas manifestações são as mais diversas. Abordaremos sobre o Transtorno Depressivo Maior, comumente conhecido como “Depressão”. Futuramente, disponibilizaremos novos textos para explicar as diferenças dos outros tipos de depressão, como, por exemplo: a distimia, ou a depressão bipolar, depressão atípica, entre outros.
 
Mas afinal, quais são as causas da depressão?
A depressão é um transtorno mental frequente. Globalmente, mais de 320 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno. No Brasil, 5,8% da população é afetada por ela, o equivalente a aproximadamente 12,4 milhões de pessoas (quase 2 milhões de casos por ano).
O que pode gerar depressão em uma pessoa? A sociedade brasileira tem pouco conhecimento a respeito da saúde mental, logo, ideias desconexas com a realidade ganham facilmente o “palco das pessoas”. Criam-se visões distorcidas e opiniões cheias de certezas infundadas a respeito da depressão.
 
Temos as seguintes condições para o surgimento de uma depressão:

#1 Genética:
estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético. Estima-se que esse componente represente 40% da suscetibilidade para desenvolver depressão.
Então, se existem familiares com depressão, as chances de outros membros desenvolverem são relativamente grandes, considerando não somente o aspecto genético, mas também o ambiente em que estão inseridos (abordaremos esse assunto mais a frente.).
 
#2 Bioquímica cerebral: existem evidências de deficiência de substâncias cerebrais (neurotransmissores). Os neurotransmissores Noradrenalina, Serotonina e Dopamina estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor. Quando existem alterações nesse sistema, tudo indica a possibilidade do desenvolvimento de uma depressão.
Alguns autores recentemente levantam a questão de que baixos níveis de serotonina não influenciam nesse processo. O estudo da acadêmica e psiquiatra Joanna Moncrieff é um dos que vale a pena ser estudado. Há a necessidade de mais estudos, por isso, deixaremos para você leitor(a) continuar se atualizando sobre o tema.
 
#3 Eventos vitais: eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos, principalmente naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença. A depressão é resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão.
A depressão pode, por sua vez, desencadear mais estresse, disfunção, piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si. Há relação entre a depressão e a saúde física. Doenças cardiovasculares, por exemplo, podem levar à depressão, e vice e versa.
 
Dentre alguns sintomas que uma pessoa pode apresentar, envolvem:
  • O baixo vigor em realizar atividades consideráveis simples pela própria pessoa;
  • Humor alterado, com picos de estresse;
  • Negligência com a higiene pessoal;
  • Um profundo sentimento de desesperança, acreditando que não existe solução para nenhuma problemática que vem passando.
 
O estigma e a busca pelo tratamento
Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para a depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebem o devido tratamento. Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais. Outra barreira ao atendimento é a avaliação imprecisa.
Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente, e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de forma inadequada, com intervenções desnecessárias.
A super medicalização é outro fator que não colabora no cuidado das pessoas que saem de um estado depressivo para um estado “dopado”, que incapacita ela de ser ativa socialmente tanto quanto a depressão.
 
Informação é o primeiro passo para conseguirmos lidar com essa problemática. Nesse artigo, destacamos somente o que diz respeito a depressão maior, suas origens e possíveis sintomas para ficarmos atentos. Lembre-se, assim como qualquer outra patologia, é necessário o devido tratamento, busque um profissional de saúde mental, oriente as pessoas em sua volta e propague o conhecimento seguro sobre os cuidados com a saúde.

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