Quando falamos sobre a saúde da mulher ou saúde ginecológica, a temida TPM (Tensão Pré-Menstrual) pode vir à mente. Mas o que ela tem a ver com a saúde psicológica e emocional? Antes de discutirmos os aspectos psicológicos e emocionais, vamos explorar essa tensão que afeta muitas mulheres todos os meses.
 
A Tensão Pré-Menstrual, popularmente conhecida por sua sigla TPM, é um desequilíbrio orgânico decorrente de variações hormonais, que atinge mulheres em idade fértil. Essas variações hormonais, podem acarretar sintomas físicos e psicológicos, que podem surgir em até 10 dias antes do início da menstruação. No caso de algumas mulheres, os sintomas aliviam assim que inicia o fluxo, porém em outras, os sintomas perduram até o final do ciclo.

 

 

As classificações da TPM de acordo com a OMS

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a TPM pode ser classificada em cinco tipos:
 
Tipo A: Possui a ansiedade como sintoma principal. Irritação, agressividade e raciocínio lento, entre outros incômodos, também podem aparecer.
 
Tipo H: Predomínio do inchaço, principalmente nas pernas e na barriga. Os seios também sofrem e ficam bastante doloridos. Conclusão: o peso geralmente aumenta nesse período.
 
Tipo C: Desejo incontrolável por carboidratos, principalmente por doces. A dor de cabeça pode acompanhar o sintoma.
 
Tipo D:  A depressão momentânea, podendo desencadear em choro as diversas situações de estresse e cansaço. Também está associada à insônia, ao desânimo e aos lapsos de memória.
 
Tipo O: Pode ocorrer desconforto intestinal, cólicas, dores generalizadas e náuseas.
 
As mulheres podem sofrer com os sintomas de forma variada, transitando entre as classificações.
 

 

Lidando com a TPM na prática

Nós sabemos que esses sintomas podem prejudicar o bem-estar do dia a dia, podendo impactar na vida pessoal e profissional. Além disso, falar sobre a TPM muitas vezes traz uma conotação pejorativa ou até mesmo exagerada.
Por isso, este artigo tem o objetivo de informar e auxiliar nesse período, para que seja encarado com mais leveza e promova a saúde emocional. Por isso, seguem algumas dicas:

 

  • Observe seu ciclo e os sintomas, por alguns meses:
    Muitas vezes uma mudança de humor, normal do dia a dia, por uma situação mais estressante, por exemplo, pode ser caracterizada como sintoma da TPM erroneamente.
    Ao observar o seu corpo e seu comportamento, nesse período que antecede a menstruação, por alguns meses, você poderá identificar um padrão e quais sintomas te atingem mais. Assim, será possível se preparar para esse período e conseguir reduzir o impacto dos sintomas.
    Além de ser possível identificar os verdadeiros sintomas de TPM, será possível identificar se existem outros sintomas de saúde mental, que antes passavam despercebidos e eram culpados pelo momento, mas na verdade, se repetem em outros momentos ou até diariamente que apontam uma condição de saúde mental que precisa ser investigada e tratada. Então, a observação e autoconhecimento é fundamental para uma saúde mental equilibrada e uma TPM menos sofrida.

 

  • Se o estresse ou a ansiedade são sintomas que incomodam nesse período:
    Algumas técnicas podem auxiliar a obter um certo alívio, como exercícios de respiração, que podem ajudar a tirar o foco do fator estressor e acalmar a mente. Outra técnica é o mindfulness, na qual é feito um exercício mental de concentração, podendo direcionar os pensamentos ansiosos e estressantes de forma mais calma e relaxante.
    Além dos exercícios mentais, os exercícios físicos podem auxiliar também nesses dias, pois a liberação do hormônio da endorfina, traz uma sensação de bem-estar para o corpo. Assim, essas alternativas podem ser usadas juntas e misturadas, a fim de promover o bem-estar físico e mental.

 

  • A vontade de comer doce nesse período é grande, mas estar atenta a alimentação é importante para controlar os sintomas da TPM:
    Evitar o consumo de bebidas alcóolicas, café, chá preto e outros estimulantes, o consumo de carboidratos e açúcares, podem ajudar a diminuir os desconfortos. Vale ressaltar que a privação de açúcar não deve ser uma tortura, então se sentir muita vontade de comer um docinho, aproveite com moderação!

 

  • Por fim, aproveite o momento para cuidar do seu corpo e mente:
    Deixe um tempo para relaxar, fazer uma atividade que proporcione bem-estar, ficar com quem você goste e evite situações de conflito e estressoras. No fim, só são alguns dias que vão passar. Mas claro, se os sintomas se tornarem um grande incomodo, procure ajude, seja de um ginecologista e até de psicoterapia.

 

Não paralise frente as circunstâncias que se apresentam, utilize de recursos para que você consiga enfrentá-las e possa ter uma vida melhor mesmo nos dias desfavoráveis.

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