No artigo anterior sobre o tema, falamos sobre a neurologia e psicologia do início de um relacionamento. Aqui, apresentaremos algumas dicas que podem ajudar você a ter um início de relação mais saudável ou até mesmo encerrá-lo antes que se torne um grande problema!
O objetivo deste artigo não é, de forma alguma, “demonizar” as pessoas, mas devemos ser sensatos. Existem muitas pessoas imaturas, traumatizadas e com traços de personalidade terríveis que acabam criando problemas para aqueles que até então estavam “saudáveis”.

Priorizando a conexão real 

Quando iniciamos uma relação, o mais importante é estarmos dispostos a conhecer o outro, não apenas os prazeres que essa pessoa pode nos proporcionar, mas sim conhecer a pessoa real e concreta que está diante de nós.
Muitos cometem o erro de focar nos hormônios, na excitação e na produção intensa de dopamina e ocitocina, e acabam esquecendo do outro. A primeira dica é estar atento ao outro e realmente desejar conhecê-lo.
Além do conhecimento mútuo, devemos ter cuidado para não usar o outro para obter benefícios egoístas. Isso vai além do prazer momentâneo e se relaciona a outros tipos de benefícios, como preencher um vazio, causar ciúmes em alguém, afirmar-se por estar com alguém ou qualquer outro motivo emocional que não seja o desejo sincero de se relacionar com alguém.
Feridas surgem quando o outro percebe que está sendo usado como uma “distração” ou uma “alternativa”, e isso pode causar sérios danos à autoestima de alguém. Seja sincero consigo mesmo e não use suas carências e feridas como desculpa para entrar na vida de alguém.

Comunicação e empatia são essenciais para que possamos compreender o outro. 

O outro não deve ser o centro da sua vida! Isso é muito importante. Muitas pessoas colocam o outro como centro de suas vidas, onde tudo que fazem ou deixam de fazer está ligado a essa pessoa.
Pode parecer romântico no início e até mesmo um sinal de atenção, mas na realidade, isso evidencia que a pessoa não tem uma vida além daquela pessoa, e isso coloca sobre os ombros do outro uma terrível responsabilidade que ninguém merece carregar: ser o “sentido” da vida do outro. Isso cria obstáculos no desenvolvimento do relacionamento, sufoca as pessoas e, consequentemente, causa feridas.
Alguns podem argumentar que, caso não façam isso, podem perder a pessoa para alguém que dê mais atenção. No entanto, os problemas emocionais do outro são de responsabilidade dele. Não podemos, de forma alguma, transformar alguém no centro de nossas vidas apenas porque o outro é carente e não entende que as pessoas têm uma vida ativa.
Obviamente, existem nuances e cada caso precisa ser avaliado individualmente, mas a dica persiste: não faça do seu parceiro o centro da sua vida, mas sim um parceiro com quem você caminha lado a lado em direção aos objetivos desejados.

Comunicação autêntica

Fortalecer os vínculos por meio da comunicação e do entendimento mútuo. Muitas pessoas têm receio de expor certos aspectos de suas vidas no início de um relacionamento. No entanto, é muito melhor expor esses pontos enquanto o apego ainda não é tão forte, do que lidar com uma separação dolorosa posteriormente.
As pessoas não têm a obrigação de permanecer em situações que não suportam. Esconder certos temas não é apenas cruel com o outro, mas também consigo mesmo, pois prefere que alguém fique com uma imagem criada e não com quem você realmente é.
A comunicação aberta e honesta é essencial para construir um relacionamento saudável e duradouro. Conversar sobre suas expectativas, desejos, medos e preocupações pode ajudar a estabelecer uma base sólida desde o início.
É importante criar um ambiente seguro em que ambos se sintam confortáveis em expressar suas verdadeiras emoções e pensamentos. Torna-se fundamental exercitar a empatia e o respeito mútuo. Cada pessoa possui uma história de vida única, com suas próprias experiências e traumas. É importante reconhecer e valorizar a individualidade do outro, evitando julgamentos precipitados e assumindo uma postura de compreensão.

Quando entendemos que queremos nos relacionar com pessoas reais e não com a ideia que temos delas em nossa mente, nos abrimos para a liberdade de ir.

Por fim, lembre-se de que o início de um relacionamento é um momento de descoberta e construção. Não tenha pressa em projetar expectativas irreais sobre o futuro ou idealizar o parceiro de forma exagerada. Permita que a relação se desenvolva de maneira orgânica, dando espaço para conhecer verdadeiramente o outro e também a si mesmo.
Em resumo, as dicas para um início de relacionamento saudável são:
  • Estar disposto a conhecer o outro de forma genuína;
  • Evitar usar o outro para benefícios egoístas;
  • Não fazer do outro o centro de sua vida;
  • Fortalecer os vínculos por meio da comunicação e do entendimento mútuo;
  • Exercitar a empatia e o respeito;
  • Permitir que a relação se desenvolva de forma orgânica.
Com essas orientações, você estará no caminho certo para estabelecer um relacionamento saudável e equilibrado!

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