Ao receber o desafio de abordar esse tema, percebe-se que há muitas perguntas sem resposta. No entanto, a primeira que vem à mente é: quem é responsável pela saúde mental do trabalhador?
Então, nosso caro leitor, partiremos da percepção de que o individuo, com suas vivências em sociedade, precisa de um meio para dar-lhe suporte em sua vida cotidiana. Não podemos ignorar que este(a) trabalhador(a) também possuí seus objetivos, desafios e dificuldades, não somente no âmbito financeiro, mas no âmbito emocional também.
Sinais de um ambiente de trabalho prejudicial à saúde mental
É compreendido que diversos fatores dentro do ambiente de trabalho podem levar o funcionário a sentir angústia, ansiedade, medo, depressão e outros sintomas relacionados a um ambiente intimidador, como insônia e estresse.
Trabalhos com ritmo de produção exaustivo, repetitivo e incessante, em ambientes ríspidos, com falta de ética, assédio moral, assédio sexual e casos de acidentes de trabalho ignorados pela organização, infelizmente têm um impacto negativo na saúde emocional do trabalhador.
De quem é a responsabilidade?
Retomando a pergunta inicial, é compreendido que as empresas devem ser responsáveis pela saúde mental de seus colaboradores. Além disso, o Estado/Governo deve garantir que os trabalhadores tenham acesso à assistência e, por isso, é importante manter e projetar políticas públicas que visem a saúde mental desse público. Também é fundamental que o indivíduo tenha uma rede de apoio saudável.
Essas ações podem incentivar profissionais da área de saúde mental a entrarem em ação para cuidarem do trabalhador.
Referências:
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